Consumir alimentos nutritivos, ricos em vitaminas e minerais essenciais, é fundamental para os idosos com demência se manterem fortes e saudáveis. Uma dieta equilibrada, composta por alimentos específicos, é recomendada para sustentar o bem-estar físico e a saúde geral dos pacientes com demência.
À medida que a demência avança, ela prejudica gradualmente o julgamento, a memória e as habilidades cognitivas do idoso. Essa deterioração afeta seus hábitos alimentares, pois podem se esquecer de como cozinhar ou, em alguns casos, até mesmo esquecer de comer. Diversos fatores contribuem para a perda de apetite nos pacientes com demência, incluindo a dificuldade de reconhecer alimentos familiares, diminuição dos sentidos do olfato e paladar, e a redução da atividade física. Certos medicamentos também podem afetar negativamente o apetite, assim como próteses dentárias mal ajustadas, que dificultam a alimentação.
Apesar desses desafios, os pacientes com demência se beneficiam significativamente de uma alimentação nutritiva. Consumir refeições ricas em nutrientes pode influenciar positivamente os mecanismos biológicos do cérebro, como o estresse oxidativo e a inflamação, ambos relacionados à doença de Alzheimer.
O que causa a falta de apetite nos pacientes com demência?
Um dos principais desafios enfrentados pelos pacientes com demência em relação à alimentação é a falta de apetite, uma vez que a demência muitas vezes interrompe a capacidade de manter o apetite consistente. A seguir, listamos as principais causas dessa falta de apetite:
A perda de apetite nos pacientes com demência pode ser perigosa, pois eles podem se tornar desnutridos e perder peso de forma severa. Se seu ente querido está hesitante em comer, você pode ajudá-lo a se alimentar seguindo estas orientações:
- Diminuição do olfato e do paladar: A demência pode diminuir os sentidos do olfato e do paladar, tornando os alimentos menos atraentes. Os pacientes com esses sintomas podem ter menos vontade de comer, pois não conseguem saborear os alimentos como antes.
- Garanta seu conforto: Certifique-se de que o ambiente esteja confortável para o paciente durante a refeição. Isso inclui manter uma temperatura agradável no ambiente e garantir que ele tenha um lugar confortável para se sentar, com apoio adequado.
- Reduza as distrações: Retire qualquer distração, como a televisão, para que o paciente possa se concentrar na refeição.
- Simplifique as opções: Sirva apenas um ou dois alimentos por vez para evitar sobrecarregar o paciente. Use utensílios e pratos com os quais ele se sinta confortável e considere oferecer alimentos que possam ser comidos com as mãos.
- Verifique a temperatura dos alimentos: Certifique-se de que a comida esteja em uma temperatura agradável, pois pacientes com demência podem ser aversos a alimentos que estejam muito quentes ou muito frios.
- Seja paciente: Demonstre paciência ao incentivar o paciente a comer. Não se mostre frustrado se ele demorar para comer e evite pressioná-lo.
A dieta certa pode atrasar o progresso da Demência?
Embora ainda haja pesquisas em andamento, algumas evidências sugerem que uma dieta mediterrânea pode desacelerar o declínio cognitivo em pacientes com demência. As propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes encontradas em nutrientes específicos da dieta mediterrânea podem proteger o cérebro e levar a um declínio cognitivo mais lento.
Uma variação dessa dieta é a dieta MIND (Mediterranean-DASH Intervention for Neurodegenerative Delay). A dieta MIND foca em alimentos de origem vegetal, associando-os à prevenção da demência. Aqueles que seguem a dieta MIND podem escolher entre dez grupos alimentares saudáveis.
As comidas recomendadas para pacientes com Demência
- Vegetais Folhosos. Couve, alface, espinafre e acelga são exemplos de vegetais folhosos ricos em vitaminas essenciais do complexo B. O folato e a vitamina B9 são eficazes na redução da depressão e no estímulo da cognição. Sirva vegetais folhosos seis vezes por semana.
- Frutas Vermelhas. Estimule a saúde cerebral do idoso com frutas vermelhas. Cerejas, mirtilos, amoras e framboesas são ricas em antioxidantes e vitaminas que ajudam a reduzir a inflamação.
- Peixes. O consumo de peixes desempenha um papel crucial no aumento da função cognitiva e na desaceleração do declínio cognitivo. Salmão, atum e cavala são ricos em ácidos graxos ômega-3.
- Nozes e sementes, ricas em nutrientes, são alimentos saborosos e fáceis de consumir. Amendoins, nozes, amêndoas e castanhas são fontes abundantes de vitamina E, vitamina B6, folato, magnésio e ácidos graxos ômega-3 e ômega-6.
- Liquidos. Embora os alimentos sólidos sejam importantes, a ingestão regular de líquidos é essencial para evitar a desidratação.
Alimentos a evitar para pacientes com Demência?
Os alimentos mencionados acima são essenciais em uma dieta saudável. Porém, certos alimentos devem ser evitados. Manteiga, banha, gordura trans e carnes gordas contêm altas quantidades de gorduras saturadas e colesterol. Embora uma quantidade moderada de gorduras seja saudável, essas gorduras são prejudiciais à saúde cardiovascular.
Da mesma forma, deve-se limitar o consumo de alimentos doces que contenham açúcares refinados. Muitos alimentos processados contêm calorias vazias e são pobres em vitaminas, fibras e minerais. Opções mais saudáveis incluem frutas ou doces feitos com suco de frutas. O uso de açúcar para adoçar alimentos pode ser uma opção para incentivar a alimentação dos pacientes com demência.
