É comum sentir dúvidas do que esperar da primeira consulta com um Neurologista. Neste artigo, quero responder a todas as suas perguntas relacionadas ao que o neurologista faz na primeira consulta e mostrar como essa consulta pode ser o primeiro passo para melhorar sua qualidade de vida. Vamos lá?
Eu sou a Dra. Bárbara Santos Panichelli, neurologista especializada em distúrbios do movimento, doença de Parkinson e estimulação cerebral profunda (DBS), e espero que este artigo ajude a tirar suas dúvidas sobre a primeira consulta com o Neurologista!
O que acontece na primeira consulta com o neurologista?
Para deixar isto mais claro, vamos dividir a consulta em duas partes:
Antes de tudo: escuta atenta e a análise dos seus sintomas
Na primeira consulta, a primeira coisa que faço é ouvir o que você tem a dizer. E pode parecer simples, mas essa etapa é superimportante! Eu vou te ouvir com atenção, entender o que está acontecendo com você e, claro, registrar todos os detalhes sobre os sintomas que você está sentindo.
Muitos pacientes chegam com a dúvida: “Será que o que estou sentindo é grave? ou deveria ter procurado o neurologista antes?” Eu entendo esse receio. Mas é exatamente por isso que estamos aqui! O neurologista vai te ajudar a entender se o que você está sentindo é realmente algo que precisa de atenção urgente. Às vezes, sintomas pequenos como tremores nas mãos, dificuldade para caminhar ou até cansaço excessivo podem ser sinais de algo que precisa de tratamento.
Exame neurológico: o que vai acontecer?
Após a nossa conversa, vamos passar para o exame neurológico. Eu sempre explico para os meus pacientes que o exame é tranquilo e não invasivo. O objetivo é avaliar sua coordenação motora, reflexos, equilíbrio, força muscular e outros aspectos relacionados ao funcionamento do sistema nervoso.
Algumas pessoas ficam ansiosas com esse momento, imaginando que o exame será doloroso ou desconfortável. Mas a boa notícia é que não há nada do tipo. É apenas uma maneira de avaliar como o seu sistema nervoso está respondendo e entender melhor o quadro.
Dúvidas comuns: “Vai ser dolorido?” “O neurologista vai pedir muitos exames logo de início?”
A resposta é: não, o exame é indolor, e muitos exames podem ser solicitados apenas depois que analisarmos sua história e sintomas. Tudo é feito de forma cuidadosa e explicada para você, sem pressa.
O neurologista vai me diagnosticar logo de cara na primeira consulta?
A resposta rápida é: Não. Deixa eu te explicar melhor por que:
O diagnóstico não acontece de imediato
Uma das perguntas mais comuns que recebo é: “Será que vou sair da consulta com um diagnóstico definitivo?” Eu entendo a ansiedade. Muitas pessoas chegam querendo saber exatamente o que está acontecendo com seu corpo, mas o diagnóstico nem sempre acontece imediatamente.
Na minha experiência, o diagnóstico de doenças neurológicas é feito com base em várias informações, como os seus sintomas, o exame físico e exames complementares, que podem incluir exames de imagem (como a ressonância magnética) ou testes específicos. Então, enquanto posso já ter uma boa ideia do que pode estar acontecendo, o diagnóstico definitivo pode precisar de um pouco mais de investigação.
Quando são necessários os exames complementares?
Na primeira consulta, é possível que eu solicite alguns exames, mas isso vai depender do que for discutido durante nossa conversa e do que foi observado no exame físico. Por exemplo, se você tiver sintomas que indicam a possibilidade de Parkinson, posso pedir uma ressonância magnética para excluir outras condições e confirmar o diagnóstico.
Dúvidas comuns: “E se eu precisar fazer muitos exames logo de início?” “Esses exames são difíceis de fazer?”
Posso garantir que, na maioria das vezes, os exames não são complicados ou dolorosos. Eles são ferramentas para nos ajudar a fazer um diagnóstico mais preciso e, assim, oferecer o tratamento mais adequado.
Como o Neurologista vai me ajudar a entender o tratamento?
Procuro sempre explicar com máxima clareza todo o plano de tratamento a ser seguido e, junto com o paciente, definimos o melhor plano que se adapte às suas condições e rotina diária.
Quando começa o tratamento?
Se durante a consulta eu identificar que você precisa de tratamento, podemos começar a falar sobre as opções logo de cara. Na maioria dos casos, o tratamento começa com medicamentos, mas ele também pode incluir terapias como fisioterapia, fonoaudiologia ou até terapia ocupacional, especialmente se o diagnóstico for relacionado à Doença de Parkinson ou outro distúrbio do movimento.
Eu sempre digo aos meus pacientes que quanto mais cedo iniciamos o tratamento, melhores são as chances de controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida. Isso é fundamental, especialmente em casos de doenças progressivas como Parkinson, onde a intervenção precoce pode fazer toda a diferença.
Dúvidas comuns: “O tratamento começa logo ou só depois de todos os exames?” “Eu vou precisar de medicamentos imediatamente?”
O tratamento pode ser iniciado rapidamente, mas sempre de acordo com a necessidade do paciente. O objetivo é personalizar o tratamento conforme o quadro de saúde de cada pessoa.
Como o tratamento vai ser personalizado para o meu caso?
O que eu mais enfatizo para os meus pacientes é que o tratamento não é “um tamanho único”. Cada paciente é único, com suas próprias necessidades e respostas ao tratamento. Isso significa que vamos trabalhar juntos para encontrar o melhor caminho para o seu caso.
Se você tem Parkinson, por exemplo, podemos começar com medicamentos como a levodopa para melhorar os sintomas, mas também podemos considerar terapias como estimulação cerebral profunda (DBS), caso essa terapia seja adequada para o seu caso.
Dúvidas comuns: “Como o neurologista decide o melhor tratamento para mim?” “O tratamento vai ser o mesmo para todos os pacientes?”
Cada caso é analisado com cuidado e, em muitos casos, o tratamento pode ser ajustado ao longo do tempo, conforme você vai respondendo a ele. O acompanhamento constante é essencial para garantir que você tenha a melhor qualidade de vida possível.
Como o neurologista vai acompanhar o meu progresso?
Essa é uma dúvida muito comum, e a resposta é simples: sempre acompanho de perto meus pacientes, caminhando lado a lado com eles ao longo de toda a jornada.
Acompanhamento contínuo
Na consulta, vamos também discutir como faremos o acompanhamento. Esse acompanhamento é fundamental para garantir que o tratamento esteja funcionando e para fazer ajustes quando necessário. A minha filosofia de trabalho é que a medicina neurológica não é só sobre tratar, mas também sobre acompanhar e ajustar o tratamento conforme a evolução dos sintomas.
Dúvidas comuns: “Como vou saber se o tratamento está funcionando?” “Quanto tempo vai levar para eu perceber os primeiros resultados?”
Isso pode variar de paciente para paciente, mas o importante é que vamos estar sempre em contato, ajustando o tratamento conforme a necessidade. O mais importante é que você não está sozinho(a) nesse processo!
Como lidar como a ansiedade antes da consulta?
Se você está ansioso(a) antes da sua consulta, saiba que isso é totalmente normal. A primeira consulta pode parecer assustadora, especialmente se você estiver preocupado com um diagnóstico sério. Mas, lembre-se: o neurologista está lá para te apoiar, esclarecer suas dúvidas e ajudar a melhorar a sua qualidade de vida.
Eu sempre digo aos meus pacientes que a consulta inicial é um passo importante, mas é apenas o começo de uma jornada para um tratamento eficaz e uma vida mais confortável. Não tenha medo de dar esse passo!
Conclusão: não adie a busca por ajuda
Se você está em dúvida se deve procurar um neurologista, saiba que a consulta inicial pode ser a chave para melhorar sua qualidade de vida. Não espere até que os sintomas piorem ou se tornem insuportáveis. Quanto mais cedo começarmos a entender o que está acontecendo com seu corpo, mais rápido podemos iniciar o tratamento adequado.
Estou aqui para te ajudar! Se você tem dúvidas ou se está preocupada(o) com os sintomas que está sentindo, agende sua consulta hoje! E lembre-se: dar esse passo pode ser o início de um caminho para viver melhor!
